sexta-feira, 18 de julho de 2008

Metamorfose de carácter



Na chegada da insónia, do manco dedilhar do piano
do despiciendo acto do destronar da pausa
para o condenável concurso do pensar;
O devaneio que devolve ao mancebo a diástole da ideia
a fuga de toda a ambiguidade do sentir,
a diáspora do morganático carácter,
da melodia sedenta que cai no esquecimento do pretexto
E assim, através da mutilação das duas caras
A barca elegia por entre a ortodoxia do rio,
e do liberal da imensidade que se perpectuava
e latia do rugido dos ventos que laureavam a inocuidade
a ingeniudade que bramia da translúcida perífrase
numa falhada tentativa de alimentar toda a ignorância
das naus que oravam para que a foz fosse o final da filosofia

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Mísero texto prosaico

Com o bafejar do acre, do sedento odor,
Que se adensava por entre a meritocracia,
Que jaz do terreno murado e adsorvente de capital;
Pelo mísero adjectivo que pensava ser
todo o expoente máximo da escrita poética
resumia-me em voltas num inútil esforço
que levava à teológica e rimática prosa,
Porque, não queria humilhar a palavra,
daqueles que a usam para versar o instante,
todo o tosco sentimento que falaciosamente sentiam,
numa tentativa desesperada de vangloriar todo o inato
toda a rotina do banal que não interessa a alguém
nem às senhoras que rugem do decote da palavra;
Por isso, cinjo-me à ortodoxia dos deuses,
que como eu, respiravam da cigarrilha,
do sinónimo do mísero texto prosaico e, que no fim
resolviam a busílis de toda a promessa verbal