quarta-feira, 17 de junho de 2009

Valsa dos 5 tempos




Imagina
Quando o sol se esconde atrás do serrado
e atravessamos a ponte que calca o rio,
o violino dos sonhos,
e os animais mugindo pela dor dos serrados...
Imaginas?

E o mudo poeta,
que serra as montanhas
e silenciosamente se livra do ser,
do saber, dos instrumentos?
Imaginas?

Não imagines.
As utopias são noites de mentiras
para quem sonha,
São valsas dos cinco tempos que se perpetuam
e fazem doer do vazio sem face,
até ao acordar do mais ingénuo dos seres
que atravessa os sons do desespero...

1 comentário:

leal maria disse...

Andas muito telúrico e bucólico!!

Ó "Alberto Caeiro" deixa-me lembrar-te que engenheiro era o Álvaro de Campos que não era nada bucólico!!

Belos poemas!! Gosto de te ler!