terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um verbo vazio e branco

Existe uma euforia no vazio, e
O poema é palidamente colorido.
A raiva emancipa-se do verbo
Vazio e branco,
Como a besta que ruge,
ainda aprisionada.

Existem felizes e agoniantes,
coloridos sem cor
saberes falsos
Existem mistos de nada saber.

O que resta?
O dia a dia burocrático

domingo, 18 de julho de 2010

Auto-Biografia dum homem carente

Passo os dias a retratar-me em letras,
- talvez demasiados dias para aquilo que sou.

Sou apenas aquilo que sou:
Nada mais.

Tudo é demasiado rápido e confuso,
menos as minhas letras:
elas deixam-me ser apenas o ser.

Sou feito de hipérboles e versos metafóricos,
tentativas de rasgos de moralidade
lancetados pela razão.

Tudo é demasiado sufocante.
Aquilo que sou?
As minhas letras o escrevem