quinta-feira, 10 de abril de 2008

Silêncio

Entro como espectador da própria escrita;
O instante, a vírgula, toda a sensação
Que impõe a representação das horas vagas

Deixo todo o ideal ascético, toda a moral
Lutarem pela platónica, subjectiva verdade
Enquanto disfruto do prazer do estoicismo;
Esta mísera condição de felicidade

Assisto à maestria do infinito movimento
O cintilar da tranquilidade da alma,
Toda a assimilação da bela, da perfeita dança,
leva à dissipada hora do esquecimento

Debruçar-me-ei sobre essa pobre mesa;
A interpelação que o tempo
me suplica a outras e tão desejadas vivências ,
O rosto da mera satisfação do poder
da enorme rejeição pela vivência mundana,
E que só agora o imperativo relógio
me abre a porta à cor do feliz silêncio

1 comentário:

Anónimo disse...

...foi direitinho para o meu blog =)(está no final da pág)

talvez um dia, venha também eu a inspirar-me nos teus poemas para a criação de um novo bailado

Obrigadíssima!